SOLIDARIEDADE A BRUNO HUBERMAN E REGINALDO MATTAR NASSER

À
Fundação São Paulo (Fundasp)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)


A REDE UNIVERSITÁRIA DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO – que reúne docentes e pesquisadores universitários de todo o Brasil – manifesta sua irrestrita solidariedade a BRUNO HUBERMAN e REGINALDO MATTAR NASSER, docentes dessa renomada universidade brasileira.


As qualificadas intervenções públicas destes autores e docentes – textos (livros, artigos e ensaios), palestras em seminários e debates acadêmicos, entrevistas e vídeos nas redes sociais etc. – são reconhecidas nos meios universitários e culturais do país, pois estão solidamente fundamentadas em criteriosas e consistentes obras de autores e pesquisadores nacionais e internacionais. Ao tematizarem a problemática histórica e política do Oriente Médio (em particular, a questão palestina), os trabalhos de Bruno Huberman e Reginaldo Nasser sempre o fazem sob uma rigorosa perspectiva crítica e científica.


É, pois, com profunda estranheza que recebemos a informação pública de que Bruno Huberman e Reginaldo Mattar Nasser estão sendo, arbitrariamente, acusados de terem praticado atos e falas de natureza antissemita em suas intervenções no espaço de sua universidade.


A nosso ver, ao acolher este tipo de denúncias, a FUNDASP corre o grave risco de estar apoiando e legitimando inidôneas iniciativas de setores sionistas do Brasil que – por meio da má-fé e de forma mistificadora – buscam confundir a justa e necessária condenação ao genocídio, em curso na Faixa de Gaza, como uma prática antissemita. Desconhece a FUNDASP que, hoje, está em curso em todo o mundo, uma instrumentalização do antissemitismo por uma agenda sionista que visa criminalizar e silenciar as críticas à política de extermínio do povo palestino perpetrada pelo Estado de Israel?


Com profunda indignação, a Rede Universitária manifesta seu veemente repúdio à leviana e ignominiosa acusação contra BRUNO HUBERMAN e REGINALDO MATTAR NASSER.


Conhecendo a história recente da Pontifícia Universidade de São Paulo – que, sem hesitação e de forma consequente, tem apoiado causas democráticas e humanitárias –, nossa expectativa é a de que, prontamente, a FUNDASP arquive a inédita e insólita ação movida contra estes dois qualificados docentes, pesquisadores e autores desta respeitada e conceituada universidade brasileira.

Novembro de 2024.

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