Genocídio

Ao Secretário do Tribunal Internacional de Justiça, os abaixo assinados, devidamente autorizados pelo Governo da República da África do Sul, declaram o seguinte:

Em conformidade com o nº 1 do artigo 36º e com o artigo 40º do Estatuto do Tribunal e com o artigo 38º do Regulamento do Tribunal, tenho a honra de apresentar a presente petição que instaura um processo em nome da República da África do Sul (“África do Sul”) contra o Estado de Israel (“Israel”). Nos termos do artigo 41º do Estatuto, a Petição inclui um pedido para que o Tribunal adote medidas provisórias para proteger os direitos aqui invocados de uma perda iminente e irreparável.

Confira o original na íntegra (inglês).

Versão reduzida.

Após cinco meses de operações militares, Israel destruiu Gaza. Mais de 30 mil palestinos foram mortos, incluindo mais de 13 mil crianças. Mais de 12 mil estão supostamente mortos e 71 mil feridos, muitos deles com mutilações que mudarão suas vidas. Setenta por cento das áreas residenciais foram destruídas. Oitenta por cento de toda a população foi deslocada à força. Milhares de famílias perderam entes queridos ou foram exterminadas. Muitos não puderam enterrar e
lamentar os seus familiares, sendo forçados a deixar os seus corpos em decomposição nas casas, nas ruas ou debaixo dos escombros. Milhares de pessoas foram detidas e sistematicamente submetidas a tratamentos desumanos e degradantes. O incalculável trauma coletivo será vivido pelas gerações vindouras.

Ao analisar os padrões de violência e as políticas de Israel no seu ataque a Gaza, este relatório conclui que existem motivos razoáveis para acreditar que o limiar que indica a prática do genocídio por Israel foi atingido. Uma das principais conclusões é que a liderança executiva, militar e os soldados de Israel distorceram intencionalmente os princípios do jus in bello, subvertendo as suas funções protetoras, numa tentativa de legitimar a violência genocida contra o povo palestino.

Confira o original na íntegra.

Confira o documento traduzido.

Salem Nasser | A Terra é Redonda, 21 out 2023

Face às políticas israelenses e ao silêncio, se não cumplicidade total, por parte do Ocidente, todos os palestinos, e entre eles todos os movimentos de resistência, enfrentam uma luta contra o tempo

O dia 7 de outubro de 2023 ficará para a história como um dos marcos mais dramáticos e importantes do conflito palestino-israelense. Algo sísmico ocorreu e pode trazer enormes consequências.

Confira o artigo na íntegra

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